314 visitas - Fonte: Plantão Brasil/ Youtub
O menino Ryan da Silva Andrade Santos, de apenas 4 anos, foi morto durante uma troca de tiros envolvendo a Polícia Militar, enquanto brincava na frente da casa da prima, na noite de terça-feira (5), no Morro São Bento, em Santos, litoral de São Paulo. O velório, realizado nesta quinta-feira (7), foi marcado pela presença de viaturas da PM, que, em alguns momentos, interromperam a passagem de familiares e amigos no cortejo pelo bairro onde ocorreu a tragédia.
Durante o funeral, duas viaturas do 6º Batalhão de Polícia Militar do Interior foram vistas próximas ao velório. Questionados por familiares e lideranças sociais sobre a presença policial, os agentes recuaram. Em seguida, no cortejo, uma viatura do Choque bloqueou uma das ruas do Morro São Bento, impedindo temporariamente a passagem do corpo do menino, seguido por amigos e familiares.
Em coletiva, a Polícia Militar admitiu que o disparo que atingiu Ryan pode ter partido de um de seus agentes, mas não forneceu detalhes conclusivos. O comandante da PM na Baixada Santista, coronel Rogério Nery Machado, afirmou que as viaturas estavam na área “visando a segurança das pessoas”. Já o coronel Valmor Racorti, do Policiamento de Choque, negou que houvesse qualquer ordem para bloquear o cortejo, afirmando que a presença foi por razões de patrulhamento.
A história de tragédia e violência na família de Ryan se estende a seu pai, Leonel Andrade Santos, que também foi morto em uma ação da Polícia Militar durante a Operação Verão, promovida pelo governo Tarcísio, que deixou dezenas de mortos na Baixada Santista. Leonel foi alvejado por PMs do Comando de Operações Especiais (COE) em fevereiro deste ano, enquanto, mesmo com deficiência nas pernas, tentava se deslocar de muletas.
Segundo a mãe de Ryan, Beatriz da Silva Rosa, o menino expressava frequentemente o desejo de rever o pai, chegando a afirmar para ela que “queria morrer” para poder estar com ele, o que causava profunda preocupação na família.
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