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O deputado Rogério Correia (PT-MG) e outros parlamentares que participaram da CPMI do Golpe se reuniram na terça-feira (5) com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, para cobrar agilidade no processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Correia reforçou a posição dos congressistas contra qualquer tipo de anistia aos envolvidos. "Solicitamos celeridade no processo, afinal, a tentativa de golpe ocorreu em 8 de janeiro de 2023. É preciso que a PGR avance e decida se apresentará denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF)", afirmou o deputado.
Correia informou que a Polícia Federal (PF) está finalizando o inquérito principal, com previsão para conclusão em novembro. Novos elementos foram encontrados após o acesso ao celular de Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro. Enquanto isso, os inquéritos sobre o caso das joias da União e a falsificação de cartões de vacina já estão na PGR, aguardando decisão sobre eventual denúncia.
Estiveram presentes na reunião com Gonet a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), e os deputados federais Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ). Em suas redes, Correia destacou: "Conversamos sobre o andamento do inquérito da PF contra Bolsonaro. Seguimos vigilantes, sem anistia para golpistas".
A expectativa do grupo é que a PGR prossiga com o caso até o julgamento no STF. Eliziane Gama reforçou que estão atentos aos desdobramentos das denúncias resultantes da CPMI. "Queremos ver aqueles que participaram do golpe de 8 de janeiro responsabilizados", disse.
Rogério Correia, em entrevista ao Diário do Centro do Mundo, analisou que Bolsonaro vive um momento difícil. "Ele precisava de uma vitória acachapante, mas enfrenta o fato de que sua base de apoio está fragilizada, enquanto ele, inelegível e sob risco de prisão, coloca a extrema direita na berlinda."
Enquanto isso, a extrema direita no Congresso tenta aprovar um projeto que anistiaria os condenados por envolvimento na tentativa de golpe. O relatório final da CPMI, aprovado em 18 de outubro de 2023, atribuiu a Bolsonaro o crime de tentativa de golpe de Estado e recomendou o indiciamento de 60 apoiadores, incluindo 30 militares, sendo oito generais. Gleisi Hoffmann, presidente do PT, comentou: "Punir os responsáveis é essencial para que nunca mais cogitem repetir o 8 de janeiro. Assim, a democracia se fortalece".
Assista ao vídeo:
Saimos há pouco de uma reunião com o PGR, dr. Paulo Gonet.
— Rogério Correia (@RogerioCorreia_) November 6, 2024
Conversamos sobre a expectativa para a chegada da terceira parte do inquérito da PF que incrimina Bolsonaro pela tentativa de golpe no Brasil. Seguimos vigilantes e atentos para que não haja anistia. pic.twitter.com/qVjQPrF8S4