399 visitas - Fonte: Plantão Brasil/ Youtub
O governo Lula enviou rapidamente uma nota parabenizando Donald Trump por sua vitória nas eleições dos EUA, buscando evitar acusações de que estaria evitando relações com o presidente eleito republicano. A mensagem, além de reforçar o compromisso com a diplomacia, visa neutralizar a narrativa bolsonarista que tenta apontar o apoio de Lula a Kamala Harris como um sinal de antipatia ao partido republicano.
Segundo o colunista Jamil Chade, do UOL, há uma preocupação no Palácio do Planalto de que o retorno de Trump fortaleça a ideia de "reabilitação" política de Jair Bolsonaro, inelegível até 2030. A vitória republicana é vista como potencial combustível para as bases radicais bolsonaristas, podendo criar um ambiente de desconfiança no sistema eleitoral brasileiro e prejudicar as relações entre Brasília e Washington.
Em setembro, uma delegação brasileira viajou a Washington para reuniões com interlocutores dos dois partidos, resultando em um dossiê entregue ao Planalto com alertas sobre os riscos de um novo mandato de Trump. O documento, apresentado pelo chanceler Mauro Vieira a Lula, destacou possíveis pressões para a diplomacia brasileira, mesmo diante de laços comerciais sólidos entre os países.
Outro ponto de tensão envolve o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que acompanhou a apuração ao lado da família Trump, reforçando a aproximação entre bolsonaristas e a ala mais radical do Partido Republicano. Em 11 de novembro, um grupo de parlamentares bolsonaristas, incluindo Marcel Van Harten e Bia Kicis, planeja ir aos EUA para fortalecer laços com essa corrente política.
O Planalto vê a relação informal entre aliados de Trump e Bolsonaro como uma ameaça potencial, especialmente após apelos de parlamentares republicanos pedindo ao governo americano restrições a ministros do STF, como Alexandre de Moraes. Esses gestos representam tentativas claras de minar a credibilidade das instituições brasileiras, enquanto um projeto de lei republicano propõe limitar o financiamento a iniciativas contra a desinformação, complicando parcerias com agências dos EUA.
Com informações da Fórum
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