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A vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos reacendeu o desejo de vingança de Jair Bolsonaro contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Antes mesmo do anúncio oficial, o ex-presidente e seus aliados já comemoravam, vendo na volta de Trump uma oportunidade para desafiar o magistrado, que liderou as investigações que resultaram na inelegibilidade de Bolsonaro e outras condenações.
Bolsonaro, que ainda guarda rancor de Moraes desde o episódio em que foi forçado a retratar-se publicamente após chamá-lo de "canalha" em 7 de setembro de 2021, acusa o ministro de ser o responsável direto por suas derrotas políticas, inclusive pela perda da eleição para Lula em 2022. O ex-presidente chegou a postar uma mensagem na rede X logo na madrugada, elogiando Trump e insinuando que um dia "Deus nos concederá a chance de concluir nossa missão com dignidade".
Eduardo Bolsonaro, o principal articulador da extrema-direita na América do Sul e colaborador de Steve Bannon, acompanhou a apuração no resort de Trump, em Mar-a-Lago. Ainda no local, compartilhou fotos com Donald Trump Jr. e vídeos, destacando sua visão de que “os americanos estão financiando a censura e a perseguição em outros países”, em clara referência ao Brasil.
A retórica de vingança contra Moraes ficou evidente em outras manifestações. Eduardo Bolsonaro relembrou o episódio da detenção de Jason Miller, ex-assessor de Trump, pela Polícia Federal em Brasília em 2021, ocasião em que Miller se encontrou com o clã Bolsonaro e foi detido ao embarcar de volta aos EUA. Nikolas Ferreira (PL-MG), por sua vez, alimentou as ameaças, afirmando que "a hora de Alexandre iMoraes vai chegar", incitando seguidores.
???? Trump conversando com Jason Miller na apuração no Mar-a-Lago. pic.twitter.com/lIz9IngUzd
— Eduardo Bolsonaro???? (@BolsonaroSP) November 6, 2024