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Um grupo de parlamentares bolsonaristas planeja viajar aos Estados Unidos após as eleições americanas com o objetivo de se reunir com a ala mais radical do Partido Republicano e traçar estratégias que possam pressionar as instituições brasileiras. A viagem dependerá da vitória do ex-presidente Donald Trump e seu retorno à Casa Branca.
Membros do governo Lula já foram informados sobre a possível ida da comitiva bolsonarista e temem que, com uma eventual vitória de Trump, a Casa Branca se torne um foco de apoio para a extrema-direita na América Latina, promovendo ações que enfraqueçam a democracia. Em resposta, um grupo de parlamentares brasileiros, incluindo Humberto Costa (PT-PE), Eliziane Gama (PSD-MA), Henrique Vieira (PSOL-RJ), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Rafael Brito (MDB-AL) e Rogério Correia (PT-MG), enviou uma carta a congressistas americanos, alertando-os sobre o propósito da visita bolsonarista.
O documento, articulado pelo Instituto Vladimir Herzog, também menciona a atuação do bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), acusando-o de favorecer contas que promovem ataques às instituições democráticas no Brasil. Na carta, os parlamentares brasileiros enfatizam que a visita busca legitimar uma narrativa falsa de "ditadura judicial" no Brasil, usando redes de desinformação para desestabilizar o Estado de Direito.
Entre os deputados que devem participar da viagem estão Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Bia Kicis (PL-DF), ambos conhecidos pelo alinhamento com a extrema-direita e pelo histórico de ataques às instituições brasileiras. A carta enviada aos parlamentares americanos destaca a importância de proteger a democracia brasileira, ressaltando o interesse dos bolsonaristas em buscar apoio nos EUA para espalhar desinformação.
Com informações do DCM
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