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Após romper com a rede Jovem Pan, a Rádio Auriverde Brasil, de Bauru (SP), se transformou em um importante canal para a propagação de ideias bolsonaristas e a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Desde setembro de 2024, Bolsonaro foi entrevistado dez vezes pela rádio, que consolidou sua posição como plataforma para ele e aliados que encontram pouco espaço em outras emissoras.
A separação com a Jovem Pan, segundo Alexandre Pittoli, diretor da Auriverde, foi provocada por pressões financeiras e políticas. Ele afirma que a rádio enfrentou ameaças ao solicitar doações por Pix, prática adotada após a desmonetização dos canais da Jovem Pan no YouTube em 2022. Pittoli também alega que houve um “acordo” para demitir comentaristas críticos após a vitória de Lula em 2022, e que a Jovem Pan teria sucumbido a pressões externas para afastar vozes de oposição.
Após o rompimento, a Auriverde intensificou entrevistas com aliados de Bolsonaro, incluindo figuras polêmicas e até investigados, como Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio. Em diversas entrevistas, Bolsonaro e seus apoiadores usaram a rádio para atacar o governo de Lula e rejeitar acusações de tentativa de golpe ao final das eleições de 2022.
Pittoli, que recebeu uma medalha simbólica de Bolsonaro pela "lealdade" ao ex-presidente, também acompanhou o ex-presidente em eventos internacionais. A rádio tem ainda promovido a campanha pelo voto impresso, mesmo após o Congresso ter rejeitado a proposta em 2021, e critica o sistema eleitoral brasileiro.
Com informações do DCM
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