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O general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo de Jair Bolsonaro, tem expressado ceticismo em relação às investigações da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. Segundo informações da jornalista Monica Gugliano, do jornal O Estado de S. Paulo, Heleno estaria afirmando a pessoas próximas que "isso vai acabar não dando em nada". Desde que deixou o GSI, o general tem mantido um perfil discreto, limitando-se a saídas essenciais e evitando contato com a imprensa, numa aparente estratégia para minimizar os riscos de implicação nas apurações.
A postura reservada de Heleno contrasta com seu histórico, já que durante o governo Bolsonaro era uma figura central, frequentemente presente em articulações que questionavam a legitimidade da vitória de Lula. Atualmente, aliados nas Forças Armadas e no Congresso articulam para evitar que o general sofra acusações formais. Esses esforços revelam um complexo jogo de influência nos bastidores militares e políticos, com setores empenhados em preservar a imagem de Heleno.
Diferente de outros generais, Heleno é amplamente visto como ícone nas Forças Armadas, conhecido por seu perfil rígido. No entanto, seu histórico não é isento de polêmicas. Durante o governo Bolsonaro, esteve envolvido em discussões que buscavam questionar o processo eleitoral e ameaçou com ações drásticas, incluindo uma possível invasão ao Supremo Tribunal Federal, sob o pretexto de combater o "comunismo". Essas atitudes o aproximaram de figuras como o então vice-presidente Walter Braga Netto e o ministro da Defesa da época, Paulo Sérgio Nogueira.
As investigações avançam e o clima entre ex-comandantes das Forças Armadas é de apreensão, já que a expectativa de uma anistia ampla tem se reduzido. Agora, o debate sobre um possível perdão se desloca para o Congresso. Enquanto isso, Bolsonaro, mirando uma nova candidatura presidencial em 2026, tem sido um dos mais ativos nesse esforço de anistia.
O general Tomás Paiva, comandante do Exército, assume a missão desafiadora de acatar eventuais decisões judiciais contra envolvidos e apaziguar os ânimos nos quartéis, reforçando o distanciamento entre política e forças militares. O ministro da Defesa, José Múcio, defende uma abordagem individualizada no tratamento dos casos, em sintonia com Paiva, para que o Exército possa se dedicar a suas funções constitucionais e deixar para trás esse episódio.
Com informações da Fórum
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