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Lideranças evangélicas estão reagindo contra a pressão política de bolsonaristas que, durante as eleições municipais deste ano, exigiram apoio exclusivo a candidatos de direita, relata O Globo. Pastores de grandes denominações, como a Assembleia de Deus de Madureira e a Igreja Universal do Reino de Deus, expressaram desconforto com o que consideram um "patrulhamento" ideológico que visa atrelar as igrejas ao bolsonarismo.
Em estados como Rio de Janeiro e São Paulo, pastores enfrentaram críticas e acusações de "traição" ao bolsonarismo caso não apoiassem candidatos alinhados a Jair Bolsonaro (PL). No Rio, lideranças religiosas como o pastor Cláudio Duarte, organizador da Marcha para Jesus, e o bispo Abner Ferreira, líder da Madureira, apoiaram o prefeito Eduardo Paes (PSD), o que gerou ataques de apoiadores de Bolsonaro. O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), ligado à igreja de Madureira, condenou a pressão política dentro das igrejas: “A igreja deve representar o Senhor, não um lado político”, afirmou.
Em São Paulo, a maioria das igrejas evangélicas declarou apoio a Ricardo Nunes (MDB), mas alguns fiéis foram influenciados por políticos bolsonaristas, como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que associou o voto em Nunes a uma submissão ao “sistema”. Essa pressão criou divisões, levando líderes a defenderem um distanciamento de discursos polarizados.
A postura do bolsonarismo não agradou uma parcela significativa das igrejas, que começaram a suavizar o discurso para reestabelecer sua posição neutra. A Igreja Universal, que em 2022 pregava “cristão não vota na esquerda”, hoje afirma que a igreja não deve apoiar nem a esquerda nem a direita, sinalizando um reposicionamento para preservar a autonomia das igrejas.
Com informações do Brasil 247
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