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Uma eventual vitória de Donald Trump nos Estados Unidos pode reacender as esperanças dos grupos bolsonaristas no Brasil, especialmente quanto a projetos golpistas e a possíveis anistias aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Especialistas apontam que a volta de Trump, representando a extrema-direita americana, tende a fortalecer os laços com a família Bolsonaro, incentivando articulações políticas que possam tentar desestabilizar a democracia brasileira.
Para Layla Dawood, professora de Relações Internacionais da UERJ, a conexão entre o movimento trumpista e a extrema-direita brasileira indica que a vitória de Trump incentivaria pressões para reduzir ou eliminar punições aos envolvidos nos atos de janeiro, criando um cenário de apoio externo ao bolsonarismo. Já James Green, professor de História do Brasil na Brown University, lembra que o governo de Biden foi crucial para conter as investidas de Bolsonaro contra a democracia brasileira em 2022, postura que, com Trump, poderia ser revertida em apoio aos extremistas no Brasil.
Um nome chave nessas articulações, Steve Bannon, antigo conselheiro de Trump, foi recentemente liberto da prisão e mantém sua influência ao lado do ex-presidente. Bannon, envolvido no apoio às ações de Trump no Capitólio em 2021, também tem laços com o bolsonarismo, reforçando a conexão entre essas extremas direitas.
Caso Kamala Harris seja eleita, é provável que o apoio à democracia brasileira continue, embora especialistas apontem que questões complexas, como as relações comerciais e a política externa em relação à China e à Rússia, podem criar divergências pontuais entre Brasil e EUA. Dawood lembra que, embora os EUA vejam o Brasil como parceiro estratégico, a América Latina não é prioridade imediata na política americana, o que significa que, independentemente de quem vença, o país terá certa margem de autonomia, especialmente em suas parcerias com China e Rússia.
O cenário global ainda impõe desafios para qualquer administração americana, especialmente com a escalada de tensões no Oriente Médio e a guerra na Ucrânia. Assim, analistas preveem que o Brasil poderá enfrentar pressões para alinhar-se aos interesses americanos, mas terá o desafio de equilibrar esses interesses com suas alianças no BRICS e com o importante parceiro comercial que é a China.
Com informações do Brasil de Fato
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