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O Exército Brasileiro finalizou o Inquérito Policial Militar (IPM) sobre a autoria de uma carta que, em 2022, visava pressionar o comando da instituição a impedir a posse do presidente Lula. A investigação apontou três coronéis: Anderson Lima de Moura, da ativa, e Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo Cardoso, ambos da reserva, acusando-os de incitação à indisciplina militar e crítica indevida. Essas acusações, se confirmadas, podem resultar em penas de até quatro anos e dois meses de prisão, conforme publicado pelo jornal O Globo.
A carta, assinada por dezenas de oficiais, foi uma tentativa de pressionar o então comandante do Exército, General Freire Gomes, em meio a tensões após as eleições. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, caracterizou o documento como uma "ameaça de atuação armada". O Exército abriu uma sindicância que identificou quatro coronéis como autores do texto, enquanto 33 signatários adicionais receberam punições administrativas, variando de advertências a prisões. Entretanto, apenas os quatro redatores foram indiciados criminalmente.
A investigação sobre o quarto coronel envolvido, Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, foi temporariamente suspensa devido a uma liminar obtida na Justiça. O advogado Elder Alves da Silva, que representa Castilho, afirma que a sindicância foi conduzida de forma "precipitada" e comprometeu a defesa, insistindo que a carta não apresenta conteúdo golpista. A defesa também alega que os advogados tiveram acesso limitado ao processo, prejudicando a elaboração de uma defesa adequada.
A decisão final sobre o caso caberá à 2ª Procuradoria de Justiça Militar em Brasília, que irá avaliar o IPM para decidir se apresentará denúncia contra os coronéis ou solicitará o arquivamento. A defesa dos militares afirma que não há provas concretas e argumenta que o Exército conduz uma perseguição política contra os envolvidos. O advogado Felipe Trompowsky, defensor do coronel Anderson Lima de Moura, espera que o Ministério Público Militar reconheça a falta de materialidade das acusações e rejeite a denúncia.
Com informações do Brasil 247
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