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Em evento recente do grupo Lide, Christian Lohbauer, vice-presidente da associação De Olho No Material Escolar (Donme), criticou o conteúdo dos livros escolares, afirmando que não deveriam apresentar informações como a presença de trabalho escravo na produção de cana-de-açúcar ou a responsabilização do agronegócio pelo desmatamento. A Donme, fundada há três anos e com forte apoio de empresas do setor agro, vem ganhando espaço em instituições como a USP e na esfera política, buscando influenciar o conteúdo didático para representar o agronegócio de forma mais “positiva”.
A organização, que se apresenta como apartidária, conta com o financiamento de empresas e grandes associações do agronegócio. Em parceria com a USP, a Donme criou a “Agroteca”, biblioteca virtual que apresenta o setor sem abordar temas como desmatamento e consumo de agrotóxicos, tema sobre o qual a entidade alega, sem embasamento, que o Brasil não lidera mundialmente. No entanto, dados da FAO mostram que o país ocupa o primeiro lugar em consumo de pesticidas entre os maiores produtores agrícolas do mundo.
Além das escolas particulares, a Donme tem se aproximado da cúpula do Congresso e de governos estaduais. Em Brasília, a organização busca influenciar o novo Plano Nacional de Educação, tentando pressionar o conteúdo didático a favor da imagem do agronegócio. Para especialistas, a entidade adota uma postura ideológica, buscando impor uma visão única do setor. Segundo Rodrigo Lamosa, professor da UFRRJ, “o objetivo da Donme é monopolizar a narrativa sobre o agronegócio nas escolas”, tirando o espaço de abordagens críticas e diversas que refletem a realidade dos impactos do setor.
Com informações do Brasil 247
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