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Foragido da Justiça brasileira desde 2021, o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos anunciou em suas redes sociais que, para complementar a renda nos Estados Unidos, onde se refugiou, está trabalhando como motorista de aplicativo. Allan é investigado pelo envolvimento no chamado “gabinete do ódio” durante o governo Bolsonaro e por sua participação em movimentos antidemocráticos que resultaram nos ataques golpistas de 8 de janeiro. Suas contas bancárias foram bloqueadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde que ele fugiu para a Flórida.
Em uma publicação no Instagram, Allan dos Santos afirmou estar "gostando muito" do novo trabalho, sem deixar de lado as críticas: “não deixarei de fazer jornalismo, mas tenho prioridades e não faço acordos com criminosos", insinuando que não pretende se entregar à Justiça brasileira. Na mesma postagem, ele convidou seus seguidores em Orlando, cidade onde reside, a pegarem uma corrida com ele, aproveitando que ainda possui acesso à rede social.
O STF, em decisão liderada pelo ministro Alexandre de Moraes, reforçou o bloqueio das contas de Allan nas redes sociais. Na última sexta-feira (25), Moraes votou contra um recurso da plataforma X (antigo Twitter), que solicitava o desbloqueio da conta do blogueiro. O julgamento, que ainda aguarda conclusão, se baseia na argumentação de Moraes de que o bloqueio não configura censura, mas sim uma medida de controle judicial.
O ministro sustentou que o direito à liberdade de expressão precisa ser exercido com responsabilidade, afirmando que “não se confunde liberdade de expressão com impunidade para agressão”. O bloqueio das redes sociais de Allan ocorreu após ele compartilhar uma mensagem falsificada, acusando a jornalista Juliana Dal Piva de ter confessado, supostamente, um plano de Moraes para prender Bolsonaro.
Em seu voto, Moraes reforçou que diligências investigativas, inclusive o afastamento de garantias individuais, são essenciais para impedir que criminosos utilizem o direito à liberdade de expressão como "escudo protetivo" para práticas ilícitas.
Com informações do DCM
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