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O ex-presidente Jair Bolsonaro foi ao Senado nesta terça-feira (29) para articular projetos que visam a anistia de condenados pelo ataque golpista de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, incluindo ele próprio. Além disso, Bolsonaro discutiu o apoio do PL às candidaturas de Davi Alcolumbre (União-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB) para as presidências da Câmara e do Senado.
Ao sair do Senado, Bolsonaro afirmou que “cada segundo para aquelas pessoas que estão presas, no meu entender, injustamente, é uma eternidade” e destacou que busca uma “alternativa” para libertá-los. Ele negou que o apoio às candidaturas esteja condicionado à aprovação desses projetos, dizendo que a prioridade é “solucionar” a situação dos presos.
Bolsonaro afirmou ainda que preferiria que o presidente Lula tomasse a iniciativa pelo perdão dos golpistas, sugerindo que o atual presidente deveria ter “coração” ao lidar com os envolvidos, que, segundo ele, seriam pessoas humildes. No entanto, evitou falar diretamente sobre sua própria inelegibilidade, destacando que sua “prioridade” é o perdão aos condenados e não sua situação política.
Atualmente inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral, Bolsonaro voltou a classificar o julgamento que resultou em sua inabilitação como “político” e disse que busca meios de “desfazer” essa decisão, mas reiterou que, para ele, os presos são prioridade.
As eleições para as presidências da Câmara e do Senado ocorrem em fevereiro, e Hugo Motta, com apoio de Arthur Lira (PP-AL), e Davi Alcolumbre, são vistos como favoritos nos bastidores.
Assista ao vídeo:
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve na tarde desta terça-feira (29) no Senado para negociar o apoio do PL às candidaturas de Davi Alcolumbre (União Brasil) e Hugo Motta (Republicanos-PB) às presidências do Senado e da Câmara, respectivamente. Na saída da reunião, afirmou… pic.twitter.com/OVSrHE6lt9
— Folha de S.Paulo (@folha) October 29, 2024