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Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL) e aliado de longa data de Jair Bolsonaro, agora articula um plano para aliviar as penas dos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. Em uma manobra nos bastidores, ele busca apoio de Arthur Lira, presidente da Câmara, para que o projeto de anistia seja pautado nesta terça-feira (29) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Além disso, Valdemar quer que deputados pressionem o Supremo Tribunal Federal (STF) a reduzir as punições impostas a centenas de extremistas já condenados por atos de vandalismo e ataque à democracia.
Durante uma entrevista ao programa Estúdio I, da GloboNews, Valdemar minimizou a gravidade dos atos de janeiro, alegando que os golpistas não usaram armas de fogo, mas “pedaços de pau”. Em uma justificativa questionável, sugeriu que as penas fossem amenizadas e que os condenados pudessem até mesmo cumprir a sentença em casa durante o dia. Costa Neto ainda afirmou ser preciso revisar o processo para garantir que os bolsonaristas foragidos em países como Argentina e Estados Unidos possam retornar ao Brasil sem enfrentar a Justiça.
A CCJ já havia adiado a votação da proposta no início de outubro. O projeto visa perdoar condenações e eliminar restrições de direitos, como o uso de tornozeleiras eletrônicas e a limitação de comunicação nas redes sociais, permitindo que os extremistas retomem suas atividades sem qualquer consequência pelos atos antidemocráticos.
Além disso, Valdemar revelou que está em busca de uma maneira de reverter a inelegibilidade de Bolsonaro, condenado como potencial mentor dos atos golpistas. Ele quer usar uma emenda constitucional para driblar a Justiça Eleitoral e permitir que Bolsonaro seja candidato em 2026, uma medida vista como uma afronta ao Judiciário e um desrespeito às instituições.
Bolsonaro, enquanto presidente, sempre tentou sabotar a confiança no sistema eleitoral, com ataques ao Tribunal Superior Eleitoral e até promovendo desinformação sobre a segurança das urnas. Essas tentativas de minar a democracia lhe custaram a inelegibilidade. No entanto, o PL agora articula nos bastidores para desconsiderar esses crimes, numa clara estratégia de desafiar o Judiciário e buscar anistia para aqueles que atentaram contra a democracia.
Com informações do Brasil247
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