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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou que o Brasil deve se opor à entrada da Venezuela no Brics, bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A decisão foi comunicada à equipe de articulação internacional do governo, liderada pelo chanceler Mauro Vieira, que representará o Brasil na próxima reunião do grupo em Moscou. Lula, devido a uma queda recente, não poderá participar pessoalmente do encontro.
A Venezuela, sob o comando de Nicolás Maduro, vem sendo criticada por não cumprir compromissos internacionais, incluindo a realização de eleições livres e auditáveis. O governo brasileiro, que participou desses acordos, expressou insatisfação com o regime de Maduro. Desde que Lula se recusou a reconhecer a vitória questionável de Maduro nas últimas eleições, tanto o presidente brasileiro quanto a chancelaria têm sido alvos de ataques do governo venezuelano.
A situação eleitoral na Venezuela é alarmante. Maduro foi acusado de ocultar os resultados das eleições e a Suprema Corte venezuelana decretou sigilo sobre as atas eleitorais, algo que nem nos tempos de Hugo Chávez havia ocorrido. A falta de transparência levanta dúvidas sobre a veracidade dos votos obtidos por Maduro e pelo oposicionista Edmundo González.
Edmundo González, principal opositor de Maduro, refugiou-se na Espanha após contestar o resultado eleitoral. Enquanto isso, a pressão internacional contra o governo venezuelano aumenta, e o distanciamento entre Brasil e Venezuela torna-se cada vez mais evidente.
O possível veto ao ingresso da Venezuela no Brics reforça o afastamento de Lula em relação a Maduro. Um articulador do governo brasileiro afirmou que a relação entre Lula e Maduro "já está na geladeira há tempos".
Com informações do DCM
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