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O ex-secretário de Justiça, Trabalho e Família do Paraná, Ney Leprevost, usou suas redes sociais para fazer duras críticas ao ex-juiz suspeito e senador Sérgio Moro, a quem chamou de "maior traidor do Brasil". Leprevost, que foi candidato à prefeitura de Curitiba em 2020, acusou Moro de ataques injustificados contra ele e também de insinuações contra um de seus familiares.
A declaração de Leprevost causou grande repercussão, principalmente pelo fato de ele ter tido Rosângela Moro, esposa do senador, como sua candidata a vice-prefeita na eleição de 2020. Apesar da aliança do passado, Leprevost não poupou críticas a Sérgio Moro, apontando diversas traições que teriam marcado sua atuação na magistratura e na política.
"Este senhor é um traidor contumaz", disparou Leprevost, listando uma série de supostas traições de Moro. Ele acusou o ex-juiz de ter usado o cargo de magistrado para se promover, traindo o apoio popular que teve durante a Lava Jato. Também lembrou da saída de Moro do governo Bolsonaro em meio a desavenças, afirmando que foi uma traição à confiança do ex-presidente. Moro também teria traído o Podemos, partido que o apoiou financeiramente, e o próprio estado do Paraná ao tentar concorrer ao Senado por São Paulo.
Outra traição destacada foi em relação ao senador Álvaro Dias, padrinho político de Moro, e à candidatura de Rosângela Moro como vice de Leprevost. Segundo ele, Rosângela abandonou a campanha à prefeitura por não ter recebido a atenção desejada nos programas eleitorais. Leprevost também acusou Moro de plantar notícias falsas para prejudicar sua candidatura e de ter feito acordos prejudiciais ao país com senadores como Rodrigo Pacheco e Davi Alcolumbre.
Leprevost não poupou críticas à conduta pública de Moro. "De herói nacional, o senhor se transformou em um mero ’lacrador’ de redes sociais", criticou. Ele também ironizou o fato de Moro andar cercado de seguranças pagos pelo povo. "Se fosse amado pelo povo de Curitiba, não precisaria andar rodeado de seguranças pagos pelo erário para ir à feira", disparou. Ao final, desafiou Moro a se defender na justiça, lembrando que o senador é réu em um processo criminal.
Por fim, Leprevost pediu desculpas ao povo de Curitiba por ter aceitado Rosângela como vice, embora tenha afirmado que ainda a considera uma boa pessoa. Ele agradeceu as manifestações de apoio que recebeu e reafirmou seu compromisso com os princípios éticos e humanistas. "Que Deus nos proteja do mal", concluiu.
Traições elencadas por Ney Leprevost:
-Traição à magistratura: Leprevost acusou Moro de ter usado sua posição de juiz para se promover pessoalmente, com o objetivo de conquistar cargos políticos. Ele mencionou ainda práticas que, para ele, violaram a ética jurídica, como "tortura psicológica em réus" e "escutas telefônicas de legalidade questionável".
-Traição aos apoiadores da Operação Lava Jato: O ex-secretário afirmou que Moro traiu os milhares de brasileiros que foram às ruas em apoio à Lava Jato, ao abandonar seu posto como juiz para se tornar ministro do governo Bolsonaro.
-Traição a Jair Bolsonaro: Leprevost ressaltou que Moro, ao sair do governo em meio a desavenças com Bolsonaro, traiu o presidente que havia confiado nele ao nomeá-lo para o Ministério da Justiça.
-Traição ao partido Podemos: Segundo Leprevost, Moro também traiu o partido Podemos, que havia sustentado financeiramente sua candidatura ao Senado.
-Traição ao Paraná: O ex-secretário apontou que Moro traiu o povo paranaense ao tentar concorrer ao Senado por São Paulo, em vez de representar o estado em que construiu sua carreira.
-Traição ao senador Álvaro Dias: Leprevost também afirmou que Moro traiu seu padrinho político, o senador Álvaro Dias, ao se lançar candidato contra ele, de última hora, nas eleições de 2022.
-Traição aos eleitores de direita: Moro, segundo Leprevost, teria traído seus eleitores de direita ao votar a favor da nomeação do ministro Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal, desagradando a base conservadora.
-Traição a Rosângela Moro e à campanha de Leprevost: Uma das críticas mais pessoais foi direcionada à relação entre Moro e sua esposa, Rosângela, que foi candidata a vice-prefeita na chapa de Leprevost em Curitiba. O ex-candidato alegou que Rosângela abandonou a campanha dez dias antes da eleição por não ter recebido a atenção desejada nos programas eleitorais de televisão. Ele pediu desculpas ao povo de Curitiba por ter aceitado "a imposição do partido" de ter Rosângela como vice.
-Traição ao partido União Brasil: Leprevost também acusou Moro de usar R$ 230 mil do fundo eleitoral para promover sua esposa nas redes sociais durante a campanha, sem sequer pedir votos para o número do partido, o 44.
-Traição a Leprevost pessoalmente: O ex-candidato afirmou que Moro teria plantado diversas notícias na imprensa nacional para desestabilizar sua candidatura à prefeitura de Curitiba.
-Traição à pátria: Por fim, Leprevost acusou Moro de ter feito um "acordão" com os senadores Rodrigo Pacheco e Davi Alcolumbre, prejudicando interesses nacionais, embora não tenha detalhado essa acusação.
Com informações do Brasil 247
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