15/10/2024 11:11

Privatização fracassada: São Paulo amarga prejuízo bilionário por ganância das empresas

299 visitas - Fonte: Plantão Brasil/ Youtub

A falta de energia em São Paulo, que já dura quatro dias, tem gerado prejuízos bilionários para o setor do varejo e serviços da cidade. De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), as perdas financeiras já somam cerca de R$ 1,65 bilhão. A interrupção do fornecimento de energia afeta tanto o faturamento quanto a operação de empresas essenciais, como supermercados, farmácias e restaurantes.

Conforme a FecomercioSP, o setor de varejo contabilizou um prejuízo de pelo menos R$ 536 milhões nos últimos dias, enquanto o segmento de serviços amarga uma perda de aproximadamente R$ 1,1 bilhão. A entidade reforça que o impacto ainda pode aumentar, visto que a distribuidora Enel não forneceu uma previsão concreta para o restabelecimento completo do serviço.

A situação é ainda mais preocupante quando se leva em consideração o histórico de apagões recentes na cidade. Em dezembro de 2023, um apagão similar deixou a população sem energia por uma semana. A federação critica a frequência desses eventos e o tempo prolongado de resolução. "É inaceitável que a maior metópole do país sofra com cortes constantes de energia, e pior, que não haja resposta eficiente por parte da distribuidora e das autoridades locais", afirmou a FecomercioSP.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou a postura da Enel e a falta de planejamento da Prefeitura de São Paulo, que, segundo ele, não tem sido eficaz na manutenção da infraestrutura urbana. Silveira afirmou que a concessionária de energia tem três dias para resolver a situação, destacando que a população não pode ser refém da incompetência e descaso das empresas privadas.

Com o apagão entrando em seu quarto dia, mais de 250 mil residências e comércios seguem sem energia na Grande São Paulo. A falta de energia também afetou escolas e o fornecimento de água em algumas regiões, complicando ainda mais a vida dos moradores. A Enel disponibilizou geradores para hospitais e serviços essenciais, mas a promessa de solução rápida parece cada vez mais distante.

O modelo de privatização dos serviços públicos, como a distribuição de energia, não tem trazido os resultados esperados. Em vários países, essa estratégia foi revertida devido aos problemas enfrentados pela população e pela queda na qualidade dos serviços prestados. E São Paulo é mais uma prova de que é a população que paga o preço pela ganância das empresas privadas.

Com informações do G1

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