14/10/2024 12:54

Governo pressiona Enel e dá prazo de 3 dias para resolver apagão em São Paulo

414 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), deu um prazo de três dias para que a Enel resolva o apagão que afeta São Paulo desde o temporal da última sexta-feira (11). Durante uma coletiva na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, Silveira responsabilizou a prefeitura de São Paulo e criticou a fiscalização da Aneel, acusando a agência de omissão e ineficiência na supervisão do setor.

O apagão deixou 537 mil clientes sem energia na capital e na Grande São Paulo. Silveira destacou que mais de 50% das interrupções foram causadas pela queda de árvores sobre o sistema elétrico, problema que as distribuidoras não podem resolver por força de questões legais e ambientais. O ministro defendeu uma nova legislação que dê mais autonomia às distribuidoras para lidar com a infraestrutura urbana, apontando falhas no cuidado com o ambiente urbano por parte dos municípios.

Silveira foi além, criticando o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa Neto, por sua ausência em reuniões emergenciais, classificando a atitude como "covardia". A troca de acusações se intensificou após o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), ter divulgado nas redes sociais que o ministro estaria discutindo a renovação do contrato da Enel, o que Silveira classificou como "fake news".

O ministro também chamou atenção para a gestão da Enel, que, segundo ele, priorizou os lucros dos acionistas e reduziu o número de funcionários, o que teria agravado a crise. Ele afirmou que o governo federal está empenhado em modernizar os contratos de concessão das distribuidoras de energia, para garantir maior eficiência no setor. A prioridade, segundo Silveira, é resolver o apagão, conforme a orientação do presidente Lula (PT).

A Enel, que havia prometido 2,5 mil técnicos em campo, só atingiu esse número nesta segunda-feira, com a ajuda de equipes de outros estados. As trocas de acusações entre as autoridades municipais, estaduais e federais ilustram as tensões políticas em torno da crise energética, que ainda não tem data para ser solucionada completamente.

Com informações do Brasil 247

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