867 visitas - Fonte: Plantão Brasil
A Enel, gigante italiana de energia, tem seguido uma estratégia global de cortes de custos, demissões e redução de investimentos, com o objetivo de aumentar o repasse de dividendos a seus acionistas estrangeiros. Essa política, no entanto, tem provocado muitas críticas, principalmente pela queda na qualidade do serviço, uma vez que o dinheiro que poderia ser reinvestido em infraestrutura está sendo direcionado para os bolsos dos acionistas.
Nesta segunda-feira (14), 537 mil imóveis na Grande São Paulo ainda estavam sem energia, sendo que a capital foi a mais prejudicada, com 354 mil residências sem luz. Outras cidades da região metropolitana, como Taboão da Serra, Cotia e São Bernardo do Campo, também foram fortemente afetadas pela falta de energia.
O quadro de funcionários da Enel também sofreu uma redução drástica. Em 2023, a empresa contava com 15.721 empregados, um número muito inferior aos quase 27 mil que possuía em 2020. Essa diminuição de pessoal é mais um fator que compromete a capacidade da empresa de responder de forma eficiente às demandas da população.
Um episódio emblemático ocorreu no Chile, em 2019, quando manifestantes incendiaram a sede da Enel em Santiago em protesto contra o aumento das tarifas de energia e a baixa qualidade do serviço prestado. A revolta, que fazia parte de um movimento maior contra políticas neoliberais, levou a uma resposta violenta da população, cansada de ser explorada.
Enquanto isso, em São Paulo, os prédios da Enel permanecem intactos, e os carros da empresa continuam estacionados, sem que se veja uma resposta rápida ou eficiente para os paulistanos que ainda estão no escuro.
Assista ao vídeo:
Manifestantes en Chile prenden fuego al edificio de ENEL, la compañía eléctrica durante las manifestaciones que se desataron anoche. Y ustedes quejándose porque rallan un monumento. pic.twitter.com/OaaVwwhFjQ
— Vic León (@unixmx) October 19, 2019