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No segundo turno das eleições em São Paulo, a campanha de Ricardo Nunes (MDB) está estrategicamente se distanciando de Jair Bolsonaro (PL), reconhecendo que a presença do ex-presidente pode prejudicar o desempenho eleitoral. Segundo informações da colunista Malu Gaspar, do Globo, Nunes e sua equipe acreditam que a associação com Bolsonaro, que acenou para Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno, pode afastar o eleitorado de centro, essencial para derrotar Guilherme Boulos (PSOL).
Bolsonaro apoiou oficialmente Nunes no primeiro turno, mas o flerte com Marçal causou desconforto no grupo do atual prefeito. Agora, Nunes busca atrair o eleitor de centro-direita, apostando que o voto conservador que foi para Marçal migrará automaticamente para ele, sem necessidade de uma campanha ativa de Bolsonaro.
“O que pode atrapalhar o Nunes é o Bolsonaro querer fazer campanha agora. Quando precisamos dele, ele não veio. Agora, não precisamos mais”, afirmou Paulinho da Força (Solidariedade-SP), resumindo o sentimento da campanha. A avaliação é que, ao tentar entrar no segundo turno, Bolsonaro só "atrapalharia".
A estratégia de Nunes para o segundo turno foca em comparar sua experiência administrativa com a de Boulos, associando o adversário à desordem urbana por sua liderança no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Com isso, a campanha vai deixar de lado temas polêmicos da extrema direita, como a anistia aos presos do 8 de janeiro e debates sobre "ideologia de gênero", concentrando-se em questões de gestão e administração.
Além disso, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) continuará a ser um dos principais aliados de Nunes na reta final da campanha, tendo desempenhado um papel crucial para garantir a presença do prefeito no segundo turno.
Com informações do DCM
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