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A Argentina vive uma emergência alimentar grave, especialmente nos bairros mais pobres, onde a desnutrição tem crescido e médicos já tratam crianças com doenças como escorbuto e problemas oculares, causados pela falta de vitaminas. A recessão econômica e a inflação desenfreada empurraram mais da metade dos argentinos para a pobreza, incluindo cerca de 70% das crianças.
A insegurança alimentar se agravou nos últimos anos e foi intensificada pela austeridade imposta pelo presidente Javier Milei. Seu governo cortou bilhões de dólares em gastos públicos como parte do plano de "déficit zero", prometendo recuperar a economia. No entanto, dados recentes mostram que 53% da população vive na pobreza, enquanto 18% estão em extrema pobreza, sem condições de arcar nem mesmo com a cesta básica.
Silvina Rizo, mãe de três filhos em uma comunidade de Salta, relata que muitas vezes não tem comida suficiente para alimentar seus filhos e cozinha com lenha por falta de dinheiro para comprar gás. "Quando chove, o bairro inunda. Mas para onde eu vou?", desabafa.
Segundo um relatório da ONU, o número de argentinos enfrentando insegurança alimentar moderada a grave quase dobrou nos últimos sete anos, atingindo 36%. Cerca de 1,5 milhão de crianças deixam de fazer uma refeição por dia, e alimentos nutritivos como carne e vegetais se tornaram inacessíveis para muitas famílias.
A pediatra Norma Piazza afirma que há casos de escorbuto e lesões oculares em crianças devido à deficiência de vitamina A. Problemas neurológicos e convulsões também têm surgido, associados à falta de nutrientes como a vitamina B12, resultado da ausência de carne na dieta de um país que já foi famoso por seu rebanho bovino.
O governo de Milei reconheceu a "emergência alimentar" e tenta amenizar a crise com subsídios sociais, como abonos para crianças e cartões de alimentação, mas as medidas não têm sido suficientes para conter o problema.
Com informações do Brasil 247
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