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Um relatório publicado nesta terça-feira (24) expôs a hipocrisia nas políticas da França sobre pesticidas. Enquanto o país critica o Brasil pelo uso de substâncias proibidas na União Europeia (UE), investigações das ONGs Public Eye e Unearthed, ligada ao Greenpeace, mostram que a França continua exportando esses mesmos pesticidas para o Brasil e outros países.
A lei francesa, que teoricamente proíbe a exportação de produtos contendo substâncias banidas, possui brechas que permitem a exportação de ingredientes puros, usados na fabricação de pesticidas. Assim, em 2023, mais de 7.300 toneladas de pesticidas proibidos foram exportadas, com o Brasil recebendo quase 3.000 toneladas. A Corteva e a BASF estão entre as empresas que se aproveitam dessa lacuna.
O inseticida fipronil, exportado pela BASF, é responsável por cerca de 70% dos casos de intoxicação de abelhas no Brasil, segundo o apicultor Ricardo Orsi. Além do impacto ambiental devastador, o relatório destaca o efeito "bumerangue", já que esses pesticidas retornam à França em produtos agrícolas importados.
A deputada Delphine Batho condenou duramente a prática, chamando de "vergonhoso" o fato de empresas usarem falhas legais para continuar vendendo substâncias perigosas a outros países. As ONGs também alertam para os riscos de poluição das fontes de água próximas às fábricas desses produtos na França.
Com informações do DCM
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