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Durante a premiação anual da iniciativa Goalkeepers, organizada pela Fundação Bill e Melinda Gates, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a urgência de uma ação coordenada global para erradicar a fome, criticando a falta de vontade política dos líderes mundiais. Em um discurso contundente, Lula afirmou: "A fome no mundo não é falta de dinheiro. É falta de vergonha na nossa cara", apontando o desperdício de recursos que poderiam ser utilizados para resolver o problema.
Lula, que foi premiado por sua atuação no combate à pobreza, relembrou sua trajetória de vida difícil no Nordeste brasileiro. Ele destacou que só comeu pão pela primeira vez aos 7 anos, já em São Paulo, após sua mãe sair do sertão com oito filhos em busca de uma vida melhor. "É inadmissível que, em pleno século XXI, ainda existam crianças que vão dormir com fome", disse o presidente.
O presidente também enfatizou que a fome é uma questão de governança global e não de falta de recursos. "Enquanto trilhões de dólares circulam pelo mundo, 733 milhões de pessoas vão dormir sem ter o que comer", criticou Lula, chamando a atenção para a injustiça na distribuição de riquezas.
Ele defendeu o sucesso do programa Bolsa Família como exemplo de como políticas públicas eficientes podem tirar milhões de pessoas da pobreza. "A fome não se resolve com caridade, mas com políticas públicas sólidas e investimento no povo pobre", afirmou, ressaltando que o governo brasileiro continua comprometido com o combate à fome.
Lula finalizou seu discurso falando sobre a importância da transição energética e a liderança do Brasil nesse processo. Ele destacou a matriz energética renovável do país e se comprometeu a levar esses debates ao G20, reforçando o papel do Brasil como líder global na promoção de energia limpa e sustentável.
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Com informações do Brasil 247
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