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Este ano, ao menos 131 pessoas foram presas ou detidas por suspeita de provocar incêndios florestais no Brasil, com a maior parte das ocorrências nos estados de Rondônia, Goiás e São Paulo. Os dados, coletados pelas Secretarias de Segurança Pública entre os dias 11 e 16 de setembro, destacam Rondônia como o estado mais crítico, com 42 detidos desde janeiro.
Rondônia enfrenta uma situação dramática, com secas históricas, como a do Rio Madeira, que banha a capital Porto Velho. Segundo o tenente-coronel Adenilson Silva Chagas, do Batalhão da Polícia Ambiental de Rondônia, muitas queimadas são feitas por invasores de áreas protegidas, que desmatam e ateiam fogo para plantar capim e criar gado. No entanto, provar a intenção dolosa dessas ações é um desafio, e muitos acabam respondendo por incêndio culposo, sem intenção.
Veja o quadro:
A fumaça é tão intensa em Rondônia que o estado lidera o ranking nacional de poluentes. A quantidade de focos de incêndio já é o dobro do que foi registrado em 2023, levando a situações extremas, como o cancelamento de voos em Porto Velho e o cancelamento do desfile de 7 de setembro devido à poluição do ar. A situação de emergência foi declarada no fim de agosto.
Em Goiás, o segundo estado com mais prisões, a Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente indiciou quatro pessoas por incêndios na região metropolitana de Goiânia. Um caso ocorreu na Serra das Areias, onde um casal colocou fogo em um colchão velho, iniciando um incêndio. Outro caso envolveu dois irmãos que, ao fazer a roçagem em uma área desmatada, perderam o controle do fogo, queimando 100 hectares no Parque Lagoa Vargem Bonita.
Essas situações mostram a gravidade da crise ambiental enfrentada pelo país, que tem sofrido com a destruição de suas áreas verdes por ações criminosas e descuido.
Com informações do Metrópoles
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