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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja se reunir com governadores para discutir medidas de combate às queimadas, que já afetam 60% do território nacional. As queimadas têm sido usadas por adversários políticos para criticar a atuação do governo federal. A data do encontro ainda não foi definida, mas o Palácio do Planalto está tentando alinhar a agenda com os estados. Lula deve permanecer em Brasília durante a semana antes de viajar para Nova York no sábado (21), onde participará da Assembleia Geral da ONU.
O objetivo da reunião com os governadores é reforçar a importância do trabalho conjunto no combate aos incêndios e garantir que os estados cumpram seu papel nessa tarefa. O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, confirmou a organização do encontro, que terá como foco principal as queimadas. Recentemente, os ministros Marina Silva (Meio Ambiente) e Rui Costa (Casa Civil) já haviam iniciado diálogos com governadores sobre o tema. A posição do governo federal é que o combate aos incêndios deve ser coordenado entre estados e União, como ocorreu nas enchentes no Rio Grande do Sul.
A cooperação entre o governo federal e os estados é fundamental, uma vez que os estados são responsáveis por autorizar o uso do fogo em atividades como manejo de pastagens. O governo federal critica alguns estados que, apesar do aumento das queimadas, não implementaram proibições ao uso do fogo. A proposta é proibir todas as queimadas para evitar acidentes e classificar qualquer queimada como crime, inibindo essa prática.
Nesta segunda-feira (16), Lula se reuniu no Palácio do Planalto com nove ministros, incluindo Marina Silva, Rui Costa, Fernando Haddad (Fazenda) e Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), para discutir o problema. Representantes de órgãos como ICMBio, Ibama e Polícia Federal, além dos senadores Jaques Wagner (PT-BA) e Randolfe Rodrigues (PT-AP), também participaram. Espera-se um anúncio oficial sobre medidas de combate às queimadas em breve.
O Brasil enfrenta uma crise climática grave, com a região Norte sofrendo com a seca e outras regiões sendo devastadas por queimadas. Em resposta, Lula anunciou a criação da Autoridade Climática, uma medida prevista em seu plano de governo, mas ainda não implementada. No domingo (15), o presidente sobrevoou a área atingida por um grande incêndio no Parque Nacional de Brasília, com a fumaça alcançando até mesmo o Palácio do Planalto.
Com informações do DCM
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