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A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender a plataforma X no Brasil está diretamente relacionada a uma investigação sobre o vazamento de dados pessoais de delegados da Polícia Federal (PF), do próprio ministro e de um empresário. Esses dados foram expostos em uma ação coordenada para divulgar informações confidenciais de agentes na internet, segundo informações da colunista Letícia Casado, do UOL.
No decorrer da investigação, o delegado Fábio Shor, responsável por inquéritos importantes envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, relatou ter recebido ameaças uma semana após indiciar o ex-presidente no caso das joias. A ameaça veio no contexto do vazamento de dados sigilosos de agentes públicos.
A rede criminosa que acessou esses dados envolvia o uso indevido de logins de 25 servidores públicos de diversos estados, muitos deles alvos de ataques cibernéticos, o que permitiu que hackers invadissem o sistema Infoseg. Essa plataforma nacional integra dados de órgãos de Segurança Pública e Justiça, sendo acessível apenas a agentes públicos para consulta de informações sensíveis, como endereços, registros judiciais, de veículos e armas.
As investigações revelaram que o CPF de Moraes foi consultado sete vezes entre janeiro e março deste ano, utilizando logins de servidores de estados como São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Alagoas. Entre os envolvidos estão desde policiais rodoviários até juízes e guardas municipais, em um esquema que buscava invadir o sistema e acessar dados sigilosos de forma coordenada.
Além disso, a PF identificou perfis nas redes sociais que promoviam um projeto chamado Exposed, cujo objetivo era investigar e expor agentes da PF que cumpriam ordens de Moraes. O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, atualmente foragido, estava entre os responsáveis pela promoção dessas ações nas redes sociais.
Com informações do UOL
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