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Edmundo González Urrutia, adversário político de Nicolás Maduro nas eleições venezuelanas de julho, chegou a Madri neste domingo (8) após solicitar asilo político. O opositor vinha se refugiando na embaixada da Espanha em Caracas, em decorrência da perseguição política que sofreu por parte do regime de Maduro.
O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, anunciou a chegada de González por meio da plataforma X (anteriormente Twitter). "A pedido de Edmundo González Urrutia, o governo da Espanha o transportou em uma aeronave da Força Aérea Espanhola. A Espanha reafirma seu compromisso com os direitos políticos e a integridade física de todos os venezuelanos", declarou Albares.
González Urrutia se tornou alvo do governo venezuelano após as eleições de julho, alegadamente vencidas por Maduro, apesar das denúncias de fraude e falta de transparência por parte da oposição. Liderada por María Corina Machado, a oposição apresentou como prova cópias das atas eleitorais que indicariam a vitória de González Urrutia com mais de 60% dos votos. No entanto, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Maduro vencedor, mas se recusou a fornecer detalhes sobre os resultados, citando problemas de segurança.
A declaração de Maduro como vencedor provocou uma série de protestos em várias regiões da Venezuela, que resultaram em 27 mortes, 192 feridos e mais de 2.400 detenções. González Urrutia e María Corina Machado foram acusados pelo governo de incitar a violência e de tentar desestabilizar o país, o que resultou em um mandado de prisão para ambos.
O governo venezuelano concedeu a saída de González do país como um gesto para "restaurar a paz política", segundo a vice-presidente Delcy Rodríguez. O exílio de González é visto como um golpe duro para a oposição venezuelana, mas o político promete seguir lutando pela democracia, agora em exílio.
Com informações do DCM
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