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Um novo ano letivo começa em Cuba com a chegada de quinze jovens brasileiros, ligados ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), para estudar medicina como bolsistas na renomada Escola Latino-Americana de Medicina (Elam), em Havana. A Elam, reconhecida mundialmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tem como missão formar médicos comprometidos com o atendimento às comunidades mais carentes, especialmente em áreas de alta vulnerabilidade.
Essa é a segunda turma de brasileiros promovida pelo MST a estudar na ilha caribenha. Ana Vitória da Silva, uma das estudantes, destaca o propósito do grupo: “Queremos uma medicina que não seja movida pelo dinheiro, mas pelo cuidado com as pessoas”. Além de oferecer formação médica, a Elam busca promover uma “medicina humanista”, com ênfase no trabalho comunitário, entendendo a saúde como um reflexo não apenas de fatores biológicos, mas também das desigualdades sociais.
Ana Karolina Cabeçoni, outra estudante, destaca a importância de aprender com o povo cubano, “um povo que sempre compartilhou o que tem, e não o que sobra”. Para ela, além da formação em medicina, a vivência em Cuba oferece uma oportunidade de entender de forma mais profunda a história de solidariedade do país.
A Elam, fundada em 1999, surgiu em resposta a crises humanitárias na região do Caribe, devastada por furacões. Inicialmente, a escola oferecia bolsas para jovens das áreas mais afetadas por essas tragédias. Desde então, mais de 31 mil médicos de 120 países foram formados, incluindo mais de mil brasileiros.
O projeto da Elam se expandiu e hoje acolhe estudantes de diversas regiões, como a Colômbia, como parte dos acordos de paz com as Farc, e também jovens palestinos vindos de Gaza, Cisjordânia e campos de refugiados, reforçando a tradição de solidariedade de Cuba.
Com informações do Brasil de Fato
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