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Desde o início deste ano, cerca de 15% do Pantanal já foi devastado por incêndios, trazendo enormes prejuízos ambientais. Em Mato Grosso do Sul, o fogo destruiu 80% da área de pesquisa do Instituto Arara Azul, no Refúgio Ecológico Caiman, no mês passado. O momento não poderia ser pior, já que coincide com o início da temporada de reprodução das araras, colocando em risco 30 anos de trabalho científico e a sobrevivência de 116 ninhos monitorados.
Neiva Guedes, presidente e fundadora do Instituto Arara Azul, descreveu a situação como "avassaladora", relatando a intensidade e a rapidez com que o fogo se espalhou. A preocupação de Guedes reflete o aumento alarmante de focos de incêndio em toda a região do Pantanal este ano, intensificando o desafio de preservar a biodiversidade local.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre janeiro e 3 de setembro deste ano, o Pantanal registrou 9.378 focos de incêndio, um número superior à soma dos dois últimos anos, que contabilizaram 8.217 focos. Em agosto, foram 4.411 incêndios, tornando-se o terceiro pior mês desde 1998 em termos de ocorrências, segundo o Inpe.
Com informações do DCM
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