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Reforma trabalhista agrava precarização e autônomos pedem volta da CLT

444 visitas - Fonte: Plantão Brasil

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV-Ibre) revela que 67,7% dos trabalhadores autônomos, incentivados pela reforma trabalhista a aderirem à informalidade, agora desejam um emprego com carteira assinada, segundo o portal UOL. Esse dado evidencia a falência da reforma trabalhista, aprovada há sete anos, que, em vez de criar oportunidades, aprofundou a precarização do trabalho no Brasil.

A reforma alterou mais de cem pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), incluindo a prevalência de acordos entre patrões e empregados sobre a legislação, o parcelamento de férias e a eliminação da contribuição sindical obrigatória — uma decisão depois retificada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A promessa era reduzir o desemprego, que aumentava desde a crise de 2015, mas o resultado foi o oposto. Em julho de 2017, a taxa de desocupação era de 12,9%, disparando nos anos seguintes e atingindo 14,9% em março de 2021, em plena pandemia de Covid-19.

Atualmente, 25,4 milhões de brasileiros trabalham como autônomos, enfrentando uma constante insegurança financeira. Cerca de 44% desses trabalhadores ganham até um salário mínimo, e 45% não conseguem prever sua renda para os próximos seis meses — uma incerteza que atinge 67,5% entre os empregados formais. Além disso, a variação salarial é uma realidade para 19,8% dos autônomos, enquanto apenas 4,7% dos trabalhadores com carteira assinada enfrentam essa instabilidade.

O desejo por um emprego formal é ainda mais forte entre os trabalhadores mais pobres: 75,6% dos autônomos que ganham até um salário mínimo preferem a CLT. Entre aqueles que recebem de um a três salários mínimos, esse índice é de 70,8%. Apenas entre os que ganham acima de três salários mínimos a preferência pela carteira assinada cai para 54,6%. A precarização do trabalho impacta especialmente homens negros, que representam 54,5% dos autônomos, e aqueles na faixa etária de 45 a 65 anos.

Com informações do Brasil 247

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