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O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador (AMLO), anunciou nesta terça-feira (27) uma "pausa" nas relações com as embaixadas dos Estados Unidos e do Canadá, após esses países criticarem duramente o plano de reforma do judiciário mexicano. A reforma, que prevê a eleição de juízes, inclusive os da Suprema Corte, por voto popular, é uma das principais bandeiras de López Obrador e de sua sucessora, Claudia Sheinbaum, visando combater a impunidade e a corrupção no país.
O embaixador dos EUA, Ken Salazar, classificou a reforma como uma ameaça à democracia mexicana, uma preocupação que foi reforçada pelo embaixador do Canadá, Graeme C. Clark. Em resposta, López Obrador considerou as declarações dos diplomatas "temerárias" e afirmou que, enquanto estiver no cargo, não permitirá interferências externas nessa questão. AMLO explicou que a "pausa" nas relações significa que o México irá "dar o seu tempo" em relação a essas embaixadas.
Apesar da greve no judiciário mexicano contra a reforma, López Obrador reafirmou que não mudará sua posição. O partido Morena, que apoia AMLO, obteve uma maioria ainda maior no Congresso nas últimas eleições de junho, o que deve garantir a aprovação das reformas constitucionais quando os novos mandatos começarem.
Com informações do Brasil 247
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