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O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou o Banco Central por manter a taxa básica de juros (Selic) em 10,5% ao ano, a segunda maior taxa de juros real do mundo. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC, liderado por Roberto Campos Neto, sinalizou que poderia elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta.
Lindbergh destacou que as bolsas mundiais sofreram quedas diante dos riscos de recessão nos Estados Unidos, atribuídos por ele às taxas de juros elevadas mantidas pelo FED (Banco Central dos EUA). Ele questionou: "E agora, Campos Neto? As bolsas no mundo inteiro desabaram, com a perspectiva da desaceleração e possível recessão da economia dos EUA." O deputado afirmou que, nesse novo contexto mundial, o Banco Central brasileiro deveria reavaliar sua política de juros, sugerindo que o Brasil deveria superar o que chamou de "política obtusa e ruinosa".
Lindbergh também criticou a ata do Copom, acusando Campos Neto de criar pânico e incerteza ao ameaçar elevar a taxa de juros, fomentando uma corrida especulativa entre os rentistas. Segundo o parlamentar, o Banco Central deveria se basear em fatos e dados, ao invés de seguir "desconfianças do mercado".
O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), também criticou a política de juros do Banco Central, afirmando que não há justificativa para o Brasil ter uma das maiores taxas de juros reais do mundo, apesar de contar com fundamentos econômicos sólidos, como reservas cambiais de US$ 370 bilhões e um mercado consumidor robusto.
E agora, Campos Neto? As bolsas no mundo inteiro desabaram, com a perspectiva da desaceleração e possível recessão da economia dos EUA. E por que essa desaceleração está ocorrendo? Entre outros fatores, porque o FED insistiu por tempo demasiado em manter as taxas de juros…
— Lindbergh Farias (@lindberghfarias) August 6, 2024