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A recuperação do Rio Grande do Sul após as enchentes de maio superou as expectativas e pode ter contribuído para o erro do mercado nas projeções para a Produção Industrial Mensal (PIM) de junho. A previsão era de um aumento de 2,7%, mas os números mostraram um crescimento de 4,1% em comparação com maio, marcando a maior alta desde junho de 2020.
A confirmação do impacto da recuperação do estado no crescimento econômico será dada com a divulgação dos dados regionais pelo IBGE na próxima semana. Caio Damin, pesquisador do FGV Ibre, afirmou que já zerou o impacto das enchentes do Rio Grande do Sul nas suas projeções para o crescimento do PIB em 2024, esperando um crescimento econômico de 2,2% para o Brasil.
Outros economistas compartilham dessa visão. Felipe Salles, economista-chefe do C6 Bank, espera uma desaceleração econômica no segundo semestre, mas ainda projeta um PIB forte de 2,5%. Guilherme Sousa, da Ativa Investimentos, revisou sua previsão de PIB de 1,9% para 2,1% após a divulgação dos dados recentes.
No primeiro semestre, o IBGE destacou que as categorias econômicas mais dinâmicas foram bens de capital (5,0%), bens de consumo duráveis (4,3%) e bens de consumo semi e não duráveis (4,1%), impulsionadas pela maior produção de bens de capital para equipamentos de transporte (10,4%), eletrodomésticos (22,1%), alimentos e bebidas para consumo doméstico (5,9%) e carburantes (6,1%). O setor de bens intermediários (1,8%) também registrou crescimento no índice acumulado do semestre, embora com um avanço menos expressivo do que a média da indústria (2,6%).
Com informações do O Globo
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