Diplomatas do Brasil, Colômbia e México pressionam Venezuela por transparência eleitoral

Portal Plantão Brasil
29/7/2024 18:41

Diplomatas do Brasil, Colômbia e México pressionam Venezuela por transparência eleitoral

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Um grupo de diplomatas do Brasil, Colômbia e México está se unindo para exigir que a Venezuela divulgue as atas eleitorais da votação realizada no último domingo (28). O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarou Nicolás Maduro como vencedor da eleição, mas a oposição continua a pressionar para que os boletins de urnas sejam apresentados.

Segundo o Estadão, haverá uma cobrança explícita para que o CNE forneça as atas ao Centro Carter, uma das poucas ONGs de observação eleitoral permitidas pelo governo chavista. Os termos da declaração conjunta estão sendo discutidos e a previsão é que seja publicada ainda hoje.

Mais cedo, o Centro Carter também cobrou acesso às atas para emitir seu relatório sobre a eleição. “A missão técnica do Centro Carter veio observar a eleição presidencial de 28 de julho a convite do CNE”, diz a nota da ONG fundada pelo ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter. “As informações contidas nos formulários de resultados das seções eleitorais são fundamentais para nossa avaliação e importantes para todos os venezuelanos”.

Será com base na análise das atas e na avaliação do Centro Carter que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidirá se o Brasil reconhecerá ou não a reeleição de Maduro. Para isso, Lula conta com a avaliação do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do assessor especial enviado a Caracas, Celso Amorim.

No domingo, um grupo de países latino-americanos de centro-direita e direita, que se opõem a Maduro, criticou mais duramente seu mandato e também pediu respeito à vontade das urnas e uma contagem de votos imparcial. Este grupo inclui Argentina, Uruguai, Peru, Paraguai, Equador, Panamá e Costa Rica.

Fora do bloco, Estados Unidos, Chile, Reino Unido, Uruguai e Espanha também contestaram o resultado apresentado pelo CNE. “Não é assim! Era um segredo aberto. Eles iam ‘vencer’ independentemente dos resultados reais. O processo até o dia da eleição e a contagem estava claramente com falhas. Não se pode reconhecer um triunfo se você não pode confiar nos formulários e mecanismos usados para alcançá-lo”, afirmou o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou.

O vice-primeiro-ministro da Itália, Antonio Tajani, também questionou o processo eleitoral na Venezuela. “Tenho muitas dúvidas sobre o desenvolvimento regular das eleições”, afirmou Tajani, exigindo “resultados que possam ser verificados”.

Com informações do DCM

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