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Esposa de coronel bolsonarista pede Pix e usa doações para reforma de casa de luxo

445 visitas - Fonte: Plantão Brasil

Após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, o coronel bolsonarista Jorge Eduardo Naime recebeu apoio financeiro de seus seguidores, que enviaram doações via Pix. Sua esposa, Mariana Fiuza Taveira Adorno Naime, justificou os pedidos de contribuição alegando que a família enfrentava "dívidas urgentes" e uma "situação econômica delicada", promovendo Naime como um preso político.

Mariana criou uma conta no X, antigo Twitter, em setembro de 2023, após criticar a suspensão do salário de Naime pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como uma "tortura psicológica". Os pedidos de doação começaram logo após a suspensão salarial. Enquanto esteve preso, Naime recebeu apoio público de políticos bolsonaristas.


Em julho de 2023, um grupo de 19 senadores e deputados federais pediu à CPMI dos Atos Antidemocráticos a liberação de Naime. A deputada Bia Kicis (PL-DF) celebrou sua soltura, chamando-o de "oficial honrado". Nikolas Ferreira (PL-MG) produziu um "documentário" sobre Naime.

Atualmente, a família do coronel reside em uma casa de alto padrão em Vicente Pires, que está sendo reformada com as doações dos "patriotas", destacando melhorias na área da piscina.

Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), estava de licença-recompensa em 8 de janeiro de 2023, quando ocorreram os ataques à Praça dos Três Poderes. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Naime de não ter agido para prevenir os atos e ele foi o primeiro oficial de alta patente da PMDF preso relacionado aos eventos.

Durante seu período ativo, entre março de 2022 e fevereiro de 2023, Naime recebeu depósitos não identificados, totalizando R$ 50.900. A PGR suspeita que ele usou a conta bancária de Mariana para receber valores indevidos. A Procuradoria também investiga possíveis relações ilícitas de Naime com Sérgio Assis, sócio de Mariana.

Em outubro de 2023, a campanha de arrecadação incluiu um vídeo de uma major da Corregedoria da PMDF solicitando doações para Naime. A Associação dos Oficiais da PMDF também arrecadou fundos para a família do coronel.

Atualmente, Naime responde ao processo em liberdade provisória, usando tornozeleira eletrônica e proibido de sair do DF ou usar redes sociais. Outros seis PMs também são investigados no mesmo inquérito.

Mariana afirmou que recebeu doações enquanto o salário de Naime estava bloqueado e enquanto ele estava preso. Ela disse que, após a ida do marido à reserva, ele utilizou os valores recebidos da polícia para despesas domésticas.

Com informações da Fórum

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