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Em 2022, a ’Abin paralela’, um grupo de agentes operando de forma não oficial dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), foi acionada para verificar a "ficha corrida" de três servidores do Ibama. O pedido partiu do gabinete do ex-ministro do Meio Ambiente Joaquim Leite, substituto de Ricardo Salles durante o governo de Jair Bolsonaro.
A investigação da Polícia Federal, revelada durante a segunda fase da Operação Última Milha, mostrou que a ’Abin paralela’ monitorou pelo menos três agentes do Ibama entre 2020 e 2022. O relatório aponta que o governo tentou obter dados pessoais desses servidores em três ocasiões. Rodrigo Augusto de Carvalho Costa, ex-assessor de Joaquim Leite, solicitou a Giancarlo Rodrigues, um sargento do Exército ligado à ’Abin paralela’, que "verificasse a ficha corrida" de três agentes do Ibama em março de 2022. Rodrigues foi um dos cinco presos na operação.
O relatório sugere que os agentes foram monitorados por combater crimes ambientais, causando desconforto ao governo Bolsonaro. Hugo Loss, um dos agentes, foi alvo de monitoramento após uma operação contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Apyterewa. A operação resultou na queima de equipamentos de garimpeiros e levou Bolsonaro a cobrar explicações do então ministro da Justiça, Sergio Moro.
Os agentes Roberto Cabral e Hugo Leonardo Mota Ferreira também enfrentaram represálias. Cabral foi removido após apontar irregularidades em uma norma que facilitava a caça de javalis, e Ferreira ajudou na operação Akuanduba, que investigou a exportação ilegal de madeira e contribuiu para a queda de Salles.
Rodrigo Costa nega envolvimento em espionagem irregular, afirmando que os pedidos de informações eram para verificar antecedentes de forma pública. Ele alega que o governo investigava possíveis "ataques institucionais" por parte dos servidores do Ibama.
Com informações do UOL
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