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O glifosato, principal ingrediente ativo de muitos agrotóxicos, é o mais vendido no Brasil e tem sido amplamente utilizado para matar ervas daninhas em culturas como soja e milho. Embora tenha sido produzido desde a década de 1970, seu uso só se popularizou com o desenvolvimento de sementes geneticamente modificadas, que resistem à substância. Porém, estudos científicos têm apontado graves riscos à saúde humana e ao meio ambiente.
O químico suíço Henri Martin descobriu o glifosato em 1950, mas ele só começou a ser usado em herbicidas pela Monsanto nos anos 70. A adoção em larga escala no Brasil se deu a partir de 1995, com a chegada das sementes transgênicas. Desde então, a substância passou a ser incorporada por diversas empresas, estando presente em mais de 100 agrotóxicos.
Apesar de ser um aliado do agronegócio, aumentando a lucratividade, o glifosato tem sido associado ao surgimento de doenças como o câncer e a danos ambientais significativos. Em 2015, a Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer, ligada à OMS, classificou o glifosato como potencialmente cancerígeno, especialmente relacionado ao linfoma não Hodgkin.
Em 2023, várias organizações latino-americanas e uma alemã denunciaram a Bayer à OCDE, destacando que o uso intensivo de glifosato viola os direitos humanos, contaminando rios, alimentos e afetando povos indígenas. A advogada Jaqueline Andrade, da Terra de Direitos, aponta que no Brasil, o glifosato causa contaminação do solo e da água, perda de biodiversidade e problemas de saúde.
Mesmo com restrições emitidas pela Anvisa, que manteve a autorização do produto em 2020, o glifosato continua sendo amplamente utilizado no Brasil. A falta de uma legislação nacional unificada permite que estados e municípios estabeleçam suas próprias regras, resultando em uma fiscalização precária.
Em 2018, a Bayer comprou a Monsanto, tornando-se a maior empresa de pesticidas do mundo. No entanto, a companhia enfrenta inúmeros processos por não alertar sobre os riscos do glifosato. Nos Estados Unidos, a Bayer foi condenada a pagar bilhões em indenizações a pessoas que desenvolveram câncer após exposição ao produto.
Com informações de Brasil de Fato
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