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Em fevereiro, Paulo Gonet se opôs à proibição imposta ao presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, de se comunicar com outros investigados, como Jair Bolsonaro, em uma investigação sobre tentativa de golpe de Estado. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes manteve as ordens judiciais.
Gonet terá que se pronunciar no próximo semestre sobre um caso envolvendo Juscelino Filho, que foi indiciado pela PF e nega as acusações. O presidente Lula afirmou que, se for denunciado, o ministro poderá ser afastado do cargo. Dentro da PGR, a possível denúncia é tratada com rigor, considerando as consequências políticas.
Na semana passada, Gonet divergiu da PF ao se manifestar contra a prisão preventiva de cinco investigados em uma trama golpista na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Moraes, entretanto, determinou as prisões. Gonet também discordou de decisões do ministro Dias Toffoli que beneficiaram Odebrecht e J&F, apresentando recursos críticos.
Na terça-feira, Gonet denunciou ao STF três passageiros que hostilizaram Moraes e sua família no aeroporto de Roma. Anteriormente, a procuradora interina Elizeta Ramos havia solicitado as imagens à PF, mas não tomou a iniciativa de denunciar.
Gonet tem dado prosseguimento a investigações, como as denúncias sobre o assassinato de Marielle Franco e contra a deputada federal Carla Zambelli, acusada de falsidade ideológica e invasão de sistemas da Justiça.
Interlocutores ligados a Gonet afirmam que suas ações precisam ser técnicas para manter a credibilidade do Ministério Público. Após quatro anos de críticas à gestão de Augusto Aras, que foi visto como leniente com Bolsonaro, os integrantes da PGR buscam distanciar-se desse legado.
A proximidade de Gonet com Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, alvos do bolsonarismo, preocupa a oposição. No entanto, Gilmar Mendes elogiou a atuação de Gonet: "Todos no STF reconhecem a qualidade técnica do PGR. Ele se dedica à função e tem agido com independência, o que é esperado", disse o ministro.
Um ponto de alinhamento entre PGR e STF tem sido na condução das denúncias sobre os ataques golpistas de 8 de janeiro, que resultaram em 226 condenações até agora.
Com informações do DCM
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