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A defesa de Alberto Youssef, cuja delação premiada foi fundamental para a operação Lava Jato, obteve acesso a mais de 210 horas de gravações feitas ilegalmente na cela do doleiro. As escutas ocorreram em 2014, por 10 dias consecutivos, na carceragem da Polícia Federal.
O juiz Guilherme Roman Borges, atuando como substituto na 13ª Vara Federal de Curitiba, permitiu o acesso às gravações. Essas evidências estão sendo periciadas pelos advogados de Youssef, que visam provar a ilegalidade das escutas e, possivelmente, anular a delação do doleiro.
Isso pode significar um grande golpe para a Lava Jato. A defesa argumenta que, se a delação de Youssef for considerada nula por ter sido baseada em provas ilícitas, cerca de 90% das delações resultantes da operação podem ser anuladas. Essa teoria é conhecida como "frutos da árvore envenenada".
Entre as descobertas da defesa, há 26 arquivos que foram deletados antes de serem recolhidos pela Justiça. Suspeita-se que os próprios delegados da PF, ligados a Sergio Moro na época, apagaram os áudios. Alguns arquivos foram recuperados e estão sendo analisados para melhorar sua qualidade.
A defesa de Youssef planeja não apenas anular a delação, mas também processar Sergio Moro, que negou o acesso aos áudios por três vezes quando era o juiz responsável pela operação. O caso pode ser levado ao Supremo Tribunal Federal e ao Conselho Nacional de Justiça.
Com informações do Brasil 247
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