Governo Lula adotará cortes se necessário para equilibrar contas, afirma Haddad

Portal Plantão Brasil
12/7/2024 14:20

Governo Lula adotará cortes se necessário para equilibrar contas, afirma Haddad

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira que a expansão fiscal neste momento não é benéfica para o Brasil e garantiu que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizará cortes nos gastos primários para ajustar as contas públicas se for necessário.

Durante uma sabatina no Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em São Paulo, Haddad ressaltou que Lula já anunciou que, se for preciso, promoverá cortes de gastos. Ele destacou que o equilíbrio das contas públicas permitirá a queda dos juros e o crescimento da economia.

"Estamos desde 2014 ou 2015 produzindo déficit pesado", disse Haddad. "Isso melhorou a vida de alguém?"
Os comentários de Haddad reforçam o discurso mais moderado adotado pelo governo desde a semana passada, quando Lula passou a evitar críticas diretas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e ao atual nível da taxa básica Selic, demonstrando a intenção de promover o ajuste fiscal, mesmo que isso implique cortes de gastos.

Desde então, os ativos brasileiros têm reagido positivamente, embora no mercado haja uma expectativa pelo anúncio de medidas concretas para conduzir as contas públicas para a meta de resultado primário zero neste ano. No dia 22 de julho, o governo apresentará um relatório com diagnóstico e possíveis cortes para o cumprimento da meta fiscal.

Haddad também negou durante a sabatina ter convencido Lula a baixar a tensão com o Banco Central, mas afirmou que conversou com o presidente sobre rumores em relação ao arcabouço fiscal. No auge dos ruídos, antes da moderação do tom de Lula, circularam no mercado rumores de que o governo deixaria de lado o cumprimento do arcabouço fiscal, o que foi posteriormente negado pelo governo.

Em sua fala nesta sexta-feira, por outro lado, Haddad disse que Lula teve "certa razão" de ficar insatisfeito com as atitudes do BC e afirmou que o presidente "não foi o único". Sem entrar em detalhes, porém, Haddad disse que a questão foi superada e elogiou a atual diretoria da autarquia.

Em sua última reunião de política monetária, em junho, o BC decidiu interromper o ciclo de cortes de juros e manteve a Selic em 10,50% ao ano, o que na ocasião foi bastante criticado por Lula.

Na sabatina, Haddad afirmou ainda que, com base em parecer da Receita Federal, não pode aceitar a proposta do Senado de reoneração gradual da folha de pagamento como forma de compensar a prorrogação da desoneração. Segundo ele, as medidas apresentadas pelo Senado, na avaliação da Receita, não compensam a desoneração de setores.

Haddad lembrou que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou medidas de compensação para a arrecadação perdida com o benefício. Ele propôs, como compensação à desoneração, uma alíquota gradual da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) incidindo sobre todos os setores.

Com informações da Reuters

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