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As revelações sobre a ’Abin paralela’ durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) não estão apenas nas manchetes brasileiras, mas também ganham destaque na imprensa internacional. O esquema, que envolvia espionagem de autoridades e desafetos do ex-presidente, tem sido abordado por veículos de comunicação em todo o mundo.
Nesta quinta-feira (11), a Polícia Federal deflagrou a 4ª fase da Operação Última Milha, cumprindo mandados de prisão contra investigados no inquérito da ’Abin paralela’. Além disso, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantou o sigilo do relatório sobre a investigação, revelando detalhes dos crimes cometidos durante o governo de Bolsonaro.
O tradicional jornal britânico The Guardian publicou uma matéria intitulada "Agência de espionagem do Brasil é acusada de monitorar ilegalmente inimigos de Bolsonaro", ilustrada com uma foto do ex-presidente. A reportagem afirma que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi usada ilegalmente para monitorar e assediar políticos, jornalistas, juízes e autoridades ambientais, transformando as informações em desinformação online para prejudicar a reputação dos alvos.
A britânica Agência Reuters destacou que a "Agência de espionagem do Brasil tentou atrapalhar investigação do filho de Bolsonaro, dizem documentos judiciais". A matéria resume as investigações contra o ex-presidente e ressalta que o inquérito da ’Abin paralela’ pode representar mais um revés judicial para Bolsonaro.
A ABC News, dos Estados Unidos, reproduziu uma matéria da Associated Press intitulada "Agência de inteligência do Brasil sob Bolsonaro espionou judiciário e parlamentares". A reportagem destaca que Bolsonaro não é formalmente acusado de ordenar a espionagem, mas a PF aponta que a Abin foi instrumentalizada para monitorar pessoas relacionadas a investigações envolvendo seus familiares.
O mexicano La Jornada também deu destaque ao escândalo com a manchete "Nova operação por escândalo de espionagem durante o governo Bolsonaro".
Entenda o caso da "Abin Paralela"
A Polícia Federal investiga a ’Abin Paralela’, um esquema que utilizava a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionagem ilegal e monitoramento político durante o governo de Jair Bolsonaro. As investigações começaram em 2023, no âmbito das operações "Última Milha" e "Vigilância Aproximada", revelando que a Abin usou um software espião chamado First Mile para monitorar ilegalmente diversas pessoas, incluindo políticos e ministros do STF.
As investigações indicam que a Abin foi usada para proteger aliados do governo Bolsonaro e monitorar adversários políticos. Entre os monitorados estavam Rodrigo Maia, Joice Hasselmann e os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. A promotora do caso Marielle Franco também foi alvo de monitoramento ilegal.
Até o momento, dois agentes da Abin foram presos e cinco dirigentes da agência foram afastados. Alexandre Ramagem, diretor da Abin durante a gestão Bolsonaro, está entre os principais investigados, acusado de coordenar o uso do software espião para fins ilícitos. Mandados de busca e apreensão foram realizados em propriedades ligadas a Carlos Bolsonaro.
A PF revelou mais de 60 mil consultas feitas pelo software First Mile, muitas delas durante o período eleitoral de 2020, levantando suspeitas sobre o uso da Abin para influenciar processos políticos e eleitorais.
Com informações da Fórum
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