Na semana passada, viralizou um vídeo com uma entrevista do empresário Tallis Gomes, CEO da G4 Educação, onde ele afirma que "não contrata esquerdista" e que nenhuma empresa vai pra frente se não impor uma carga horária de 70 a 80 horas semanais. Gomes disse que "esquerdistas são mimizentos, não trabalham duro e acham que todo mundo deve algo para eles".
Tem tanta coisa neste vídeo que fica até difícil imaginar que ainda exista justiça do trabalho neste país!
Tallis Gomes, CEO da G4 Educação, diz não contratar esquerdistas, mas acredite: isso é o que há de menos chocante na entrevista. pic.twitter.com/gFxovKic5V
A assessoria técnica do Ministério do Trabalho apontou várias violações trabalhistas cometidas pelo empresário, incluindo discriminação no ato da contratação e imposição de jornada superior a 44 horas semanais. O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu investigação contra a G4 Educação com base em 20 denúncias.
O MPT determinou a instauração de três inquéritos para investigar possíveis irregularidades trabalhistas. Os inquéritos buscam apurar discriminação na contratação, jornada de trabalho e desvirtuamento de pessoa jurídica. O processo foi instaurado na última terça-feira (2).
O Ministério do Trabalho enfatizou que a Constituição Federal assegura o direito ao descanso semanal remunerado e proíbe práticas discriminatórias no emprego. Além disso, a legislação veda a duração do trabalho superior a oito horas diárias e 44 horas semanais.
A G4 Educação não respondeu aos questionamentos até o fechamento desta matéria. O espaço segue em aberto para a manifestação da empresa.
Com informações da Fórum
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