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Nesta segunda-feira (8), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou o sigilo do inquérito das joias sauditas, que apura o suposto roubo dos itens do acervo presidencial por Jair Bolsonaro (PL) e seus ex-assessores. O documento foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que tem o prazo de 15 dias para análise, podendo solicitar mais provas, arquivar o caso ou apresentar denúncia contra os indiciados.
No último dia 4, a Polícia Federal indiciou Bolsonaro e outras 11 pessoas por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. A investigação identificou que três conjuntos de bens foram recebidos pelo ex-mandatário, totalizando um valor de US$ 1.227.725,12 (aproximadamente R$ 6.826.151,66). Caso condenado, Bolsonaro pode pegar entre 10 e 32 anos de reclusão pelos crimes.
Em entrevista ao programa CNN Arena, exibido nesta segunda-feira (8), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que "estão tentando transformar um presente em um caso de corrupção" e que seu pai sofre "perseguição". A defesa de Jair Bolsonaro emitiu uma nota esclarecendo que os presentes ofertados à Presidência seguem um rígido protocolo de tratamento e catalogação, e que o ex-presidente não teria ingerência sobre esses processos. A defesa também criticou a condução do inquérito e a competência do STF para julgar o caso.
A investigação revelou que o general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-mandatário, teria repassado US$ 25 mil em espécie a Bolsonaro. Em mensagens interceptadas pela PF, Cid expressou receio em usar o sistema bancário formal para transferir o dinheiro, sugerindo entregá-lo em mãos por meio de seu pai. Uma conversa de WhatsApp entre Bolsonaro e Mauro Cid mostrou que o ex-presidente foi informado sobre o leilão de um "Kit Ouro Rosé", parte do acervo de presentes presidenciais. Na conversa, Bolsonaro respondeu com o jargão "selva" após ser informado sobre o leilão.
Em nota, a defesa de Bolsonaro argumentou que todos os ex-presidentes tiveram seus presentes analisados e catalogados pelo Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH) e que a investigação contra Bolsonaro seria “estranhamente” direcionada apenas ao seu governo.
O Partido Liberal (PL) também emitiu uma nota afirmando desconhecimento sobre qualquer kit de joias supostamente levado à sede do partido e reiterou seu compromisso com a transparência e a ética, além de manifestar confiança na inocência de Bolsonaro.
Com informações da CNN Brasil
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