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A Polícia Federal (PF) apresentou um relatório detalhado, inclusive com slides em PowerPoint, para explicar o esquema criminoso de venda de joias que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus auxiliares. O relatório da PF destaca que o desvio dos itens faz parte de uma "organização criminosa".
Segundo o documento, a venda ilegal das joias faz parte de um esquema de "uso da estrutura do Estado para obtenção de vantagens". A PF também relaciona o caso das joias a outros inquéritos contra Bolsonaro, incluindo a inserção de dados falsos em cartões de vacinação, o plano de golpe de Estado e ataques a instituições e opositores.
Em uma das ilustrações, o relatório detalha as negociações dos itens nomeados como “barco e árvore dourados”. O general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, teria guardado esses objetos em sua casa em Miami, nos Estados Unidos. Os objetos foram avaliados e vendidos por meio de estabelecimentos comerciais especializados.
Outra ilustração explica o caminho do "kit ouro branco", composto por anel, abotoaduras, rosário islâmico e relógio Rolex, dado a Bolsonaro durante uma visita oficial à Arábia Saudita, em outubro de 2019. A negociação do conjunto envolveu o ex-advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, além de Mauro Cid e os auxiliares Osmar Crivelatti e Marcelo da Costa Câmara.
Os relógios Patek Philippe e Rolex recebidos por Bolsonaro também foram detalhados. Esses itens foram transportados para os Estados Unidos no avião presidencial e negociados por Mauro Cid. O pai dele, general Lourena Cid, apontado como operador do esquema, ocultou os valores obtidos com a venda. Os relógios foram vendidos por US$ 68 mil (cerca de R$ 372 mil) para a empresa Precision Watches em junho de 2022.
As ilustrações fazem parte do relatório da Polícia Federal no inquérito das joias. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo sobre o documento nesta segunda-feira (8) e deu um prazo de 15 dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o caso.
Com informações do DCM
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