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Uma nova pesquisa OpinionWay divulgada nesta sexta-feira (5) aponta que a extrema-direita e seus aliados obteriam entre 205 e 230 vagas na Assembleia Nacional, longe dos 289 assentos necessários para a maioria absoluta. A Nova Frente Popular de esquerda, que reúne socialistas, ecologistas, comunistas e a França Insubmissa, ficaria com 145 a 175 deputados. Já o campo presidencial poderia conquistar entre 130 e 162 vagas, contra 250 antes da dissolução.
O instituto de sondagem Odoxa apresenta projeções semelhantes. O partido populista Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen e Jordan Bardella, aparece com 210 a 250 cadeiras, à frente da aliança de esquerda, com 140 a 180 deputados, seguida pelo bloco centrista, relegado à terceira posição, com 115 a 155 assentos.
Essa recomposição do cenário é consequência das desistências de candidaturas entre os dois turnos. Os blocos de esquerda e de centro se uniram em uma "frente democrática" para impedir que a extrema-direita conquiste o poder. No entanto, há incertezas sobre a participação dos eleitores, que foi de 66% no primeiro turno, a maior desde 1997.
Dos 76 deputados eleitos no primeiro turno, a maioria são do RN (39) e de esquerda (32), sendo apenas dois do partido do presidente e um da direita republicana. A campanha foi conduzida pelo primeiro-ministro Gabriel Attal, mais popular entre os franceses, que defendeu o programa do partido Renascimento sem fazer recomendação de voto.
A líder dos Ecologistas, Marine Tondelier, apelou aos eleitores para votarem em opositores ao RN. Sem maiorias certas em nenhum dos blocos, surgem hipóteses de uma "grande coligação" entre a esquerda (sem a França Insubmissa), o partido no poder e os deputados de direita que não se aliaram ao RN, até um governo técnico.
A imprensa apontou candidatos do RN acusados de racismo, antissemitismo, complotismo e com passado judicial comprometedor. Marine Le Pen criticou a formação de um ’partido único’ contra a extrema-direita e afirmou que só governará com a maioria absoluta dos deputados.
Na final da campanha, houve incidentes de violência em todo o país. Segundo o ministro do Interior, Gérald Darmanin, 51 candidatos, suplentes ou militantes foram agredidos fisicamente desde 30 de junho. O governo antecipou a possibilidade de perturbações da ordem pública na noite de domingo, com 30 mil agentes da polícia mobilizados para garantir a segurança.
Com informações da RFI
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