586 visitas - Fonte: Plantão Brasil
A embaixatriz do Gabão, Julie-Pascale Moudouté, mãe de um dos meninos negros abordados por policiais militares em Ipanema, na Zona Sul do Rio, expressou seu choque com a agressividade da abordagem. Um vídeo mostra o momento em que os jovens foram colocados contra a parede e revistados na noite desta quarta-feira (4).
Três filhos de diplomatas estavam na Rua Prudente de Moraes, acompanhados de outros dois meninos brancos, brasileiros. A família de um dos meninos aponta racismo na ação da polícia. A embaixatriz afirmou que o papel da polícia é proteger, questionando como é possível apontar armas para a cabeça de meninos de 13 anos sem nenhuma justificativa.
"Você não sai com uma arma e manda alguém colocar as mãos na parede. Confiamos na Justiça brasileira e queremos justiça", disse Julie-Pascale Moudouté.
Em um post nas redes sociais, Raiana Rondhon, mãe de um dos adolescentes brancos que estavam com o grupo, relatou que os quatro meninos, com idades entre 13 e 14 anos, estavam de férias no Rio e deixavam um amigo em casa quando foram abordados. Ela contou que os meninos foram obrigados a tirar casacos e levantar as camisetas antes de serem questionados sobre sua origem e o que estavam fazendo ali. Apenas após a intervenção de um porteiro do prédio, os policiais perceberam o erro e liberaram os meninos, mas os alertaram para não andarem na rua para evitar novas abordagens.
Raiana afirmou que ficou claro que seu filho branco foi tratado de forma diferente durante a abordagem. Ela destacou que nunca imaginou que a polícia representasse a maior ameaça para seu filho. O incidente envolveu adolescentes de três países diferentes (Canadá, Gabão e Burkina Faso). O Itamaraty foi informado e os consulados no Rio estão em ação. Raiana concluiu que não há dúvida de que a abordagem teve componentes raciais.
A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que os policiais envolvidos na ação usavam câmeras corporais e que as imagens serão analisadas para verificar se houve excesso por parte dos agentes. A Ouvidoria e a Corregedoria Geral da SEPM estão à disposição dos cidadãos para formalização de denúncias.
Assista ao vídeo aqui:
Com informações do G1
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