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Diante do silêncio de Jair Bolsonaro sobre seu indiciamento pela Polícia Federal (PF) no caso das joias, que pode lhe render até 32 anos de prisão caso seja condenado, seus filhos Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro decidiram se manifestar na noite desta quinta-feira (4).
O primeiro a se pronunciar foi o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), que usou as redes sociais para atacar a PF. "Eu tenho vergonha dessa ’Polícia Federal’! Por que a tal ’direita sensata’ não dá um pio? As variantes de ação para uma hora encaixar continuam a todo vapor!", escreveu ele, sem se referir diretamente ao inquérito das joias. Em seguida, Carlos fez mais críticas e compartilhou uma postagem do perfil "Pavão Misterioso" sobre suposto "extravio de bens da União na era do PT", dizendo: "O sistema é bruto e seus vassalos são piores ainda! Onde não há caráter, não há justiça".
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) protestou contra o indiciamento de seu pai, afirmando que o ex-presidente sofre uma "perseguição escancarada". "A perseguição a Bolsonaro é declarada e descarada! Alguém ganha um presente, uma comissão de servidores públicos decide que ele é seu. O TCU questiona e o presente é devolvido à União. Não há dano ao erário!", escreveu Flávio. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) apenas compartilhou a publicação de Flávio, afirmando: "Tudo o que você precisa saber sobre joias".
Fabio Wajngarten, ex-assessor de Comunicação e advogado de Jair Bolsonaro, que também foi indiciado no inquérito das joias, se pronunciou nas redes sociais. Em sua publicação, Wajngarten não negou que Bolsonaro tenha liderado o esquema criminoso de subtração e venda de bens da União, limitando-se a defender a si mesmo. Ele alegou que nunca participou de nenhuma negociação e que apenas deu orientação jurídica para a devolução dos presentes ao TCU.
A Polícia Federal indiciou nesta quinta-feira (4) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso das joias furtadas do acervo público da Presidência da República que foram enviadas ao exterior para serem vendidas. Bolsonaro deve responder pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. Junto com ele, outras 11 pessoas foram indiciadas, incluindo Fabio Wajngarten, Frederick Wassef, Bento Albuquerque e Mauro Cid.
A investigação contou com o auxílio do FBI, uma vez que parte das joias desviadas foi parar em território norte-americano e chegou a ser negociada e vendida lá. A somatória das penas de todos os crimes pode resultar numa condenação elevada para Bolsonaro, que tem grandes chances de ser colocado na cadeia em caso de sentença desfavorável. O ex-presidente não se pronunciou até o momento sobre o indiciamento pela PF.
Com informações da Fórum
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