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Um levantamento comparando 118 moedas de todo o mundo mostra que não é apenas o real que está perdendo valor em relação ao dólar. Outras 84 moedas também estão se desvalorizando ante a moeda americana. O real, porém, é a quinta moeda que mais se enfraqueceu, segundo levantamento da Austin Rating, considerando a Ptax de 2 de julho. A Ptax é a taxa média diária do dólar, calculada pelo Banco Central.
Veja a lista:
-Nigéria/naira -42,6%
-Egito/libra -35,8%
-Sudão do Sul/libra sudanesa -29,9%
-Gana/cedi -21,9%
-Brasil/real -14,6%
-Japão/iene -12,4%
-Argentina/peso -11,7%
-Seychelles/rúpia -10,3%
-Turquia/lira -9,3%
-Suíça/franco suíço -7,4%
Nesta quarta-feira (3), o dólar comercial estava em queda e a Bolsa de Valores de São Paulo em alta. "Sinais de desaceleração no mercado de trabalho nos Estados Unidos enfraquecem a moeda americana globalmente no dia de hoje", disse Sérgio Brotto, cofundador e diretor executivo da Dascam Corretora de Câmbio. Além disso, a reunião do ministro da Economia, Fernando Haddad, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre questões das contas públicas ajudou a cotação a cair. Por volta de 14h30, o dólar caía 1,92%, para R$ 5,55. A Bolsa tinha valorização de 1,14%, chegando a 126.271,51 pontos.
No acumulado do ano, o dólar já se valorizou 17,07% em relação ao real, conforme dados da consultoria Elos Ayta. Levando-se em conta o ganho do dólar frente a outras moedas, o Brasil também está em quinto lugar nesse parâmetro.
O problema é a inflação nos Estados Unidos e em outros países. Para controlá-la, os governos sobem os juros, o que desvaloriza as moedas. Depois da pandemia, quando a economia mundial precisou parar por conta do coronavírus, os preços de alimentos, produtos básicos e vários outros itens dispararam no planeta. Os países aumentaram os juros para conter a alta de preços. Nos Estados Unidos, o juro era de 0,25% ao ano em 2021. Agora, está em 5,5%.
Os economistas não conhecem a razão ao certo pela qual a inflação não está cedendo. Mas sabe-se que as cadeias de suprimentos globais ainda não foram totalmente restabelecidas depois da pandemia. Além disso, guerras como a da Rússia e Ucrânia e os conflitos no Oriente Médio pioram essa situação no planeta todo. "É uma panela de pressão. E soma-se a isso tudo a transição energética", acrescenta Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating.
Com informações do UOL
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