216 visitas - Fonte: Plantão Brasil
A Polícia Federal (PF) está cogitando abrir novos inquéritos após analisar os dados dos celulares apreendidos do advogado Frederick Wassef, representante de Jair Bolsonaro (PL), conforme informou o jornal O Globo. Os quatro aparelhos foram confiscados durante investigações sobre a venda de presentes valiosos recebidos por Bolsonaro em viagens oficiais, incluindo joias negociadas em lojas internacionais.
Os investigadores da PF estão examinando minuciosamente fotos, vídeos e mensagens encontradas nos dispositivos de Wassef. O advogado, procurado pela reportagem, não se manifestou sobre o caso. A análise detalhada dos dados é uma das razões para o atraso na finalização do relatório do inquérito. Fontes internas indicam que o conteúdo pode revelar novas frentes investigativas, caso sejam encontradas evidências contundentes.
Entre as transações sob investigação está a recompra de um Rolex presenteado a Bolsonaro pelo governo saudita. A joia foi vendida a uma joalheria americana pelo ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid. Wassef, em depoimento prestado em São Paulo em agosto do ano passado, afirmou ter comprado o relógio com recursos próprios, usando dinheiro vivo, o que resultou em um desconto de US$ 11 mil. Ele apresentou recibos de compra no valor de US$ 49 mil e de saque de US$ 35 mil, alegando que a transação foi legal e declarada à Receita Federal. "Eu comprei o relógio com a intenção de devolvê-lo à União, ao governo federal do Brasil, à Presidência da República, conforme decisão do Tribunal de Contas da União", declarou Wassef na época.
Duas semanas atrás, a PF realizou novas diligências, incluindo a coleta de um novo depoimento de Mauro Cid. O objetivo era esclarecer a negociação de outra joia, identificada através de cooperação internacional com o FBI. Policiais em Miami (Flórida), Wilson Grove (Pensilvânia) e Nova Iorque (NY) conseguiram ouvir comerciantes, acessar imagens de câmeras de segurança e obter documentos financeiros dos investigados.
O delegado Ricardo Andrade Saadi, diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção (Dicor), destacou que a descoberta dessa nova joia vendida pode agravar as penas em caso de condenação dos envolvidos. A investigação aponta para crimes como peculato e formação de organização criminosa.
Auxiliares de Bolsonaro são acusados de vender ou tentar comercializar pelo menos quatro itens de luxo, dois deles oferecidos pela Arábia Saudita e dois pelo Bahrein. A PF sugere que existe uma organização criminosa ao redor do ex-presidente dedicada ao desvio de joias, relógios, esculturas e outros itens valiosos recebidos como representantes do Estado brasileiro.
Com informações do Brasil 247
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