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O coletivo Padres da Caminhada, composto por membros do clero da Igreja Católica no Brasil, incluindo padres, bispos e diáconos, expressou forte oposição ao Projeto de Lei 1904/2024 através de um manifesto. O projeto, proposto pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), planeja criminalizar o aborto realizado após 22 semanas de gestação, equiparando-o ao crime de homicídio. O documento, assinado por mais de 460 religiosos, será encaminhado ao Papa Francisco.
Os religiosos criticam o projeto por considerá-lo uma forma de "vingança social" que afeta principalmente mulheres pobres, incapazes de acessar o sistema público de saúde adequado. Em contraste com a posição da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que apoia o projeto, os Padres da Caminhada argumentam que medidas punitivas não são a solução para reduzir os abortos e apenas colocam em risco a saúde das mulheres.
A crítica vai além da proteção à vida desde a concepção, ao enfatizarem que o projeto impõe penalidades mais severas às mulheres do que aos estupradores, uma distorção de justiça que não pode ser ignorada. Eles defendem que a questão deve ser abordada com políticas públicas eficazes, e não apenas com legislação punitiva.
Após repercussão negativa e debates acalorados, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu que o projeto será discutido em uma comissão especial, com debates programados para começar em agosto, após o recesso parlamentar. Esse movimento visa garantir uma análise mais detalhada e considerada sobre o tema.
Com informações do jornal O Globo
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